sábado, 27 de março de 2010

PAC - A Conta Maldita

   O maior programa eleitoreiro do Universo criado com o espúrio objetivo de eleger a candidata do PT, até hoje não monstrou concretamente realizações táteis, não passando de propaganda enganosa do PT, e esta conta não é nada módica, leiam a matéria reproduzida abaixo e tirem suas conclusões e vejam se não é a conta mais maldita que um presidente pode deixar pro seu sucessor, por outro lado, é bem provável que os cofres do governo não estejam tão fartos como são as dívidas.   

Jornal O Globo

BRASÍLIA. A oposição criticou ontem a baixa execução orçamentária do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que resultará numa conta do governo Lula para o sucessor de R$35,2 bilhões. O valor é referente a obras do PAC cujo pagamento será deixado para o futuro. A projeção do rombo, levando em conta o atual ritmo de realização do PAC, aponta exemplos de obras com problemas em Pernambuco, Ceará, Alagoas e Amazonas.

Para parlamentares do DEM e do PSDB, há uma gestão incompetente e irresponsável do PAC. E, parafraseando o presidente Lula, que diz ter recebido do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso uma "herança maldita", parlamentares da oposição dizem que será o PT que deixará uma "conta maldita".

Líder do DEM na Câmara, o deputado Paulo Bornhausen (SC) disse que o PAC é um programa falido e citou que o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou problemas nas obras, em especial superfaturamento. Recentemente, o presidente Lula liberou quatro obras da Petrobras, cujos contratos foram paralisados pelo TCU dentro da lista de obras irregulares do Orçamento da União de 2010. Lula justificou a medida afirmando que a paralisação das obras geraria desemprego.

- Já tinha dito que a Dilma é a "madrasta" do PAC. Esse é um programa falido. A execução do PAC é exatamente o que acontece nas prefeituras (administradas pelo PT): eles ganham a reeleição, na eleição seguinte eles perdem e deixam uma conta maldita - disse Bornhausen, para quem o partido deve retomar a divulgação do andamento do PAC, como fez em 2009.

Na mesma linha, o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que a marca do governo Lula é o anúncio de obras ambiciosas que depois não se concretizam. Ele cita a obra na BR que liga Natal, João Pessoa e Recife.

- O governo Lula é o governo do anúncio fantástico. Vende ilusão porque começa a fazer uma obra e ela fica no começo - disse Agripino. - O pior é o contencioso da expectativa (que fica) e o contencioso do custo do Estado.

Agripino alerta ainda que um grande problema para o sucessor de Lula será o aumento dos gastos do Estado, em especial o aumento da despesa com o funcionalismo público.

Integrante da Comissão Mista de Orçamento, o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ) disse que os números da execução orçamentária do PAC revelam "incompetência administrativa".

- Com esses números, chega a ser ridículo o governo lançar o PAC 2 - disse Otavio Leite.

Para o vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), o PAC tem uma execução orçamentária "pífia".

- O PAC se transformou numa falácia. Quanto à questão do acúmulo do passivo, ela é uma herança maldita que será deixada em função da incompetência de gerenciamento. E a "gerentona" é a Dilma. Há muito de irresponsabilidade nisso. E essas inaugurações são uma ideia que não corresponde à realidade, em função do jogo eleitoral - disse Dias.

Já o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), saíram em defesa do andamento do PAC.

- Toda obra pública tem um cronograma de pagamentos que não se interrompe com o fim do mandato do presidente. Não se interrompe um programa porque está terminando o governo. E não se trata de dívida - disse Dutra. - Os contratos prevêem despesas ao longo da execução da obra. Isso é natural na administração .

Para Vaccarezza, os pagamentos do PAC serão agilizados em 2010.

- Lula vai deixar um ativo muito grande. O governo tem um conjunto de obras não isoladas - disse Vaccarezza.

Os parlamentares ainda condenaram a estratégia do governo de "fatiar" obras (dividi-las em etapas). Pela estratégia, o presidente Lula e a pré-candidata do PT à Presidência e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, podem inaugurar trechos de obras que ainda não foram concluídas ou já estão em funcionamento. Em levantamento realizado pelo jornal "Folha de S. Paulo", das 22 "inaugurações" feitas por Lula e Dilma desde outubro de 2009, 13 não estão totalmente concluídas ou não entraram em funcionamento.

Otavio Leite disse que a tática foi adotada nas obras do Complexo do Alemão, onde o presidente já esteve quatro vezes:

- Fiz um requerimento de informações e descobri que o deslocamento do presidente na primeira vez foi de R$185 mil. Só na obra do Complexo do Alemão, ele já fez quatro inaugurações. Isso é uma forma de palanque. - As entregas das obras são feitas em cima de obras inacabadas - acrescentou.

Fonte: http://www.otavioleite.com.br/conteudo.asp?oposicao-critica-conta-maldita-do-pac-4092

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